Pneumonia é definido quando se tem sinais e sintomas associados ao trato respiratório inferior (traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões) com radiografias de tórax mostrando um novo infiltrado, sem qualquer outro tipo de explicação.
Na maioria dos casos, o microrganismo responsável pela pneumonia não é identificado. Hoje, o pneumococo é a bactéria mais frequentemente envolvidos na doença pneumocócica em menores de 5 anos. Antigamente o microrganismo mais encontrado era o Haemophilus inflienzae tipo b (HIB), porém, graças a forte vacinação esse agente foi fortemente combatido.
Doença pneumocócica invasiva se refere quando a infecção de foco pulmonar invadiu partes do corpo livres de microrganismos, como a corrente sanguínea e os tecidos e fluidos que rodeiam o cérebro e medula espinhal. Quando isso acontece, é geralmente muito grave, provoca hospitalização e até a morte.
Crianças menores de 5 anos (mais ainda as menores de 2 anos), idosos e pessoas com doenças como Aids, anemia falciforme, diabetes; asplenia (por retirada cirúrgica do baço ou por doenças que afetam o funcionamento desse órgão); ou com doença do coração ou do pulmão são mais vulneráveis a adoecerem de forma grave e até fatal. Também são fatores de risco locais onde há aglomeração de pessoas, pobreza, exposição ao tabaco e infecções respiratórias concomitantes.
De acordo com a Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), a pneumonia e a meningite são responsáveis, respectivamente, por 81% e 12% das mortes por infecção pneumocócica. Nas Américas, anualmente, há 1,2 milhões de casos de meningite bacteriana, dos quais 180 mil levam à morte.
Ocorre por meio de gotículas de saliva ou secreções. Ambientes fechados ou com aglomeração de pessoas facilitam a disseminação da bactéria.
A forma mais segura e eficiente de prevenir a doença é a vacinação. Existem dois tipos de vacinas (conjugadas e polissacarídica), com indicações e esquema de doses bem precisos. A vacinação de rotina está indicada apenas para as crianças com até 5 anos e adultos a partir dos 60, mas pessoas de qualquer idade que apresentem maior risco para a doença pneumocócica também precisam se vacinar.
Diante deste cenário, a vacinação de rotina com a vacina pneumocócica 10-valente foi iniciada pelo Ministério da Saúde (MS) pelo Programa Nacional de Vacinação (PNI) em 2010 e hoje está disponível para todas as crianças entre 2 meses e menores de 5 anos de idade. Com pouco tempo, o excelente resultado da vacinação em massa foi percebido, com expressivas reduções tanto na incidência como na mortalidade pela doença pneumocócica.
Vacina pneumocócica conjugada 13-valente – VPC13
Vacina pneumocócica conjugada 15 valente – VPC15
Vacina pneumocócica conjugada 10-valente – VPC10 - Ofertada pelo SUS
Vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente – VPP23
Fonte:
Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm)
SCHWARTZMANN, Pedro V.; VOLPE, Gustavo J.; VILAR, Fernando C.; MORIGUTI, Julio C. Pneumonia comunitária e pneumonia hospitalar em adultos. Medicina (Ribeirão Preto), Ribeirão Preto, Brasil, v. 43, n. 3, p. 238–248, 2010. DOI: 10.11606/issn.2176-7262.v43i3p238-248. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/181.. Acesso em: 4 out. 2024.
A doença pneumocócica e recomendações GRESP para a vacinação antipneumocócica na população adulta (≥18 anos). Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, [S. l.], v. 32, n. 1, p. 70–4, 2016. DOI: 10.32385/rpmgf.v32i1.11693. Disponível em: https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/11693. Acesso em: 4 out. 2024.